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Não achando pouco me deparo com outro caso decorrente de nossa (in)segurança pública. Nada cômico. Apenas trágico. Na manhã da última sexta-feira (20/06), um latrocínio foi registrado no até então considerado tranqüilo bairro do Bequimão. A vítima?Airton Lima, de apenas 40 anos de idade, fotógrafo da produtora Focus (localizada no próprio bairro). Os criminosos? Um sujeito identificado (por ele mesmo) como Davi Gomes e o agora foragido José Leandro Sousa Barbosa, conhecido como “Léo”. A polícia? Os moradores que acompanharam o incidente. Ao entrar no estabelecimento, os assaltantes renderam Airton, seu tio (proprietário do local) e uma cliente.
Após conseguir o dinheiro, “Léo” e “Davi” (daria um bom nome de dupla sertaneja) tentaram fugir, mas foram surpreendidos por Airton, que reagiu e acabou sendo baleado à vista de todos que passavam pelo lugar e em meio aos moradores do conjunto. A morte foi inevitável. A polícia militar foi acionada mas chegou cerca de uma hora depois do ocorrido. Resultado: “mãos à obra”. Tentativa de linchamento do criminoso. “Davi Melo”, autor do disparo, não conseguiu fugir e sofreu as conseqüências, ao contrário de seu parceiro, que fugiu em um automóvel que encontrava-se ali perto.
Pais de família assumiram o papel de defensores da justiça e frente à suas crias ensinaram que violência se justifica com mais violência. Atitude moralista?Creio que não. Acompanhei tudo de perto, exceto o momento do assassinato. Minutos antes havia passado no local e conversado com o próprio Airton sobre o aluguel de uma kitinete no prédio em que se encontra o estúdio ao qual ele trabalhava. Muito simpático, me passou todas as informações necessárias e indicou possíveis lugares em que o preço estaria mais baixo. Ainda lembro de suas palavras: “Olha, aqui estão alugando por R$ 460,00, mas é um ‘senhor apartamento’ (...) inclusive está desocupando um agora...”. Saí contente mesmo não conseguindo resolver meu problema. Contente até o momento em que recebo a ligação de uma amiga que me acompanhava na busca incessante por um quarto/sala disponível para aluguel.
Assim que soube corri para o local. Não acreditei no que vi. Até quando pessoas inocentes morrerão vítimas da violência provocadas pela nossa excelentíssima segurança pública? Em momentos como esse chegamos a pensar absurdos. “Será se todas as pessoas que eu pedir informação serão assassinadas?”. Nossa. Absurdo pensar isso. Cheguei a uma conclusão: “Não peço mais informação.Não enquanto a Polícia Civil estiver em greve". Bobagem? Talvez. É. Paranóia minha.
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